
Agrediam-se silenciosamente, como se tivessem medo que as palavras fossem mais forte que as ações, ou que a falta delas doesse ainda mais.
Amavam-se, mas não conseguiam achar uma palavra que traduzisse seus anseios.
Os gestos doíam em seus semblantes conforme se agoniavam, tentando esconder o desconforto mútuo que não causavam um ao outro, mas a si mesmos.
Eram criteriosos e isso os impedia de relaxar. Por isso viviam completamente desnorteados, escondendo seus sentimentos como se vivessem em mundos opostos.
Estavam desaprendendo a viver em seu mundo e acomodando-se em novos universos recentemente descobertos.