Da última vez que deixou de amar, o fez com convicção. Nesse instante soube que estava decidido. Era chegada a hora, pois há muito tempo pressentia o momento final.
Era como uma enxurrada de certezas, que tendo começado com respingos, seguiu-se como tempestade, da qual soube tirar proveito: dos raios conservou a luz; dos trovões capturou a música; na chuva lavou a alma.
Será a última pessoa de quem me lembrarei caso precise de um favor. Não quero mais a humilhação de um auxílio negado ou a incerteza de uma necessidade atendida. Seguirei como alguém que de muitos precisa, mas a poucos solicita.
Mas antes de minha partida, peço um último favor: Me equeça! Porque remorso e um sentimento que não cabe em nós.