domingo, 16 de novembro de 2008

Dissimulação


A malícia escorria pelo canto da boca, as sobrancelhas erguidas emitiam uma impressão sarcástica e o sorriso era como um julgamento prévio.

Talvez fosse instintivo e natural pensar sempre em segundas intenções, baseando-se nas reações alheias. Não havia como saber, até porque não disfarçava seu pensamento ao observar indiscretamente o outro.

Podia-se esperar por qualquer conclusão maldosa, disfarçadamente encoberta pela bondade e simplicidade, talvez forjadas pela força do hábito.