Esqueci meu nome, abandonei o susto de parecer ridículo, mudei de identidade e voltei a escrever.
No silêncio das palavras esculpidas, perdi vírgulas, acentos e sílabas. No escuro da descoberta, perdi também as horas de concentração e deixei cair as lacunas no meio de tantos escritos. Embaralhei frases, perdi parágrafos e idéias.
Descuidado, desaprendi a ler.
Perdi a razão em meio a tantas letras misturadas aleatoriamente, de maneira que não mais consegui decifra-las.
Parece que perdi minha alma, mas estava apenas reaprendendo a identificar nos pensamentos, algo que valesse a pena ser escrito.
Nada achei!