Há dias em que se morre um pouco.
Dias em que o centro da alma congela, e o âmago despedaçado como minúsculos grãos de areia, apaga o brilho da vida, escorrendo pelo infinito.
Nesses dias, a verdade não importa, mas o que é fictício altera o entendimento, entristecendo o coração.
O corpo vaga sonâmbulo nesse marasmo absurdo, e boiando pela poeira imaginária do desânimo, passeia devagar, arrastando o último fio de esperança.