Escrevo com o coração em prantos e a alma em êxtase. Noções? Só conheço o exagero do não saber e a certeza de quem não sou.
domingo, 28 de junho de 2009
Fragmento
Não tem coragem de reler o que já foi escrito, chegando a sentir raiva por uns instantes e em outros momentos, desprezo.
Por isso, pensou em fazer o mesmo que há tempos atrás: apagar tudo, não permitir uma única letra intacta.
Sentiu vontade de não conservar as memórias, nem a de segundos atrás.
Respirou fundo e esperou a vontade passar, mas não passou.
O que fez?
Resolveu não destruir as impressões de sua alma desbotada. Um dia poderão servir para alguma coisa, mas não hoje.
Não consegue estancar a indiferença que os dedos teimosos esboçam. Continua escrevendo e conservando os resultados, mas sabe que não servirão nem mesmo no dia em que se arrepender de não tê-los apagado.
domingo, 14 de junho de 2009
Poesia Dissimulada
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Urgência
É preciso correr para alcançar o relógio que nunca se atrasa.
É necessário manter-se informado, atualizado, não ceder ao ócio, não tardar.
É necessário manter-se informado, atualizado, não ceder ao ócio, não tardar.
É impossível acompanhar a chuva, contar as gotas desmanchando no chão, saber quantos raios o sol despeja, quando a sua luz morre, mesmo que por instantes.
A preocupação consiste apenas em contar no relógio quantas horas é preciso para esperar um novo dia, e nunca é sabido quais as noites de lua mais bonita e de céu mais estrelado.
Nada surpreende, nada espanta ou assusta.
Ainda assim não se deve desistir de buscar... Apenas um dia não basta...
Uma vida inteira é pouco para contar o tempo e acompanhar a pressa de viver.
Uma vida inteira é pouco para contar o tempo e acompanhar a pressa de viver.
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